quinta-feira, 12 de março de 2009

Filmes x Vida Afetiva

Li recentemente um texto culpando as comédias românticas por prejudicarem as vidas afetivas, uma vez que tornavam as pessoas pouco realistas quanto ao amor. Fãs de 'Titanic', 'Mensagem pra você' e 'Enquanto você durmia' normalmente não atingem o sucesso no aspecto, digamos, amoroso de suas vidas por esperarem demais do parceiro. Me indignei, fato.

O curioso de tudo isso era que eu havia acabado, note bem, ACABADO de assistir a um desses filmes e tinha me divertido. Aliás, havia reassistido ao filme que não via há anos. E não raramente durante a exibição do mesmo, me peguei sorrindo abobalhada, abraçada com o travesseiro ou até querendo chorar pra em seguida sorrir novamente. A pessoa entra no filme, esquece de tudo, rouba pra si os problemas, as vitórias, as dores de cutuvelo e as risadas. Ao término do filme nos resta a sensação gostosa de ter se divertido durante ele e porque não, esquecido de alguns problemas e preocupações reais.

O fato é que, as comédias românticas capturam, não raramente, a excitação e todo o lado bem sucedido de um relacionamento recente, novinho e folha. E convenhamos, essa é a melhor fase do dito cujo. Mas há também aqueles filmes mais realistas, e não menos divertidos, como 'Closer - Perto demais' ou 'A história de nós dois'. Ah, e 'P.S. Eu te amo' entra sim em minha lista. Em Closer, temos a perfeita compreensão da natureza humana ao demonstrar entender tão bem que num relacionamento amoroso nosso pior lado pode ser despertado, e despertado com força. Gera toda uma reflexão no telespectador, e aquele otimismo de encontrarmos o cara perfeito vindo à galope em seu cavalo branco vai por água abaixo.

O lado mais azedo do relacionamento também está presente no cinema. Pra quê diabos condenarmos tao ferrenhamente as comédias românticas e seus finais já previsíveis, seus roteiros mamão-com-açúcar mas que nós, mulheres, gostamos tanto de assistir? De nos emocionarmos quando Meg Ryan descobre que o carinha por trás do e-mail era o Tom Hanks? Qual o problema de viajar nesse mundinho fofo, e porque não, romântico, e vibrar com o primeiro beijo do casal? ou até chorar as lágrimas da personagem principal? NENHUM. Caso minha vida afetiva esteja em maus lençóis, como de fato está, certamente o motivo pra isso não se encontra nesses filmes, mas não mesmo, rs. Decreto desde já vida longa às comédias românticas, aos filmes água-com-açúcar e aos potes de sorvete consumidos durante suas exibições no conforto de nosso lar.


2 comentários:

  1. Lindo prima!! Me mata de orgulho! Amo você! MUITO! beijinhos, Rê

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  2. Lauralice disse,
    Lindo! Mas...depois do que me aconteceu este domingo resolvi deixar os romances, os P.S. Eu te amo! para os cinemas. Acordei e não conseguia sair da cama,pois havia sonhado com algo já por mim esquecido:um NAMORADO! Com o romance em minha pele, resolvi que iria ao cinema, comer pipoca e ver uma cena de amor.Muito romântica (efeito do sonho), enviei e-mail para alguns amigos contoado o ocorrido, entre eles um "ex". Dez minutos após, um único responde, o "ex": ENFIM DANDO VALOR AS PEQUENAS GRANDES COISAS!
    Eu ainda sob efeito do sonho, respondo: EU TE AMO! novamente outra resposta dele, só que com uma única letra repetida várias vezes: kkkkkkkkkkkk.
    É isso aí os filmes românticos, que achamos "melosos", nos impedem de esquecer o valor desta pequena frase: EU TE AMO!

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